Os dias, meses e anos vão passando e eu, ficando ainda mais reflexiva, sensível e exigente comigo mesma. Acredito que seja natural isso se intensificar quando, na prática, nossa idade dá um passinho prá frente. Junto com o avanço dos números, vem a percepção de que a vida está passando rápido e mesmo com a pressa do tempo e a velocidade com que vivenciamos intensos momentos, ainda assim, é possível contar com a companhia das lembranças.
E essa semana... Essa semana a saudade apertou. A saudade de pessoas e de momentos especiais. A vontade de estar junto, jogar conversa fora, tomar sorvete sentada na grama molhada, olhar a lua, sentir o perfume de uma laranjeira florida; dançar até doer o joelho e precisar tirar o sapato barulhento, em um dia frio, para chegar em casa na pontinha do pé e não acordar ninguém.
Vontade de reunir todas as pessoas que, de uma forma ou de outra, fizeram parte desses momentos. Aquelas que conheci da maneira mais simples, inesperada ou irreverente e que fizeram uma significativa diferença em minha vida.
Já pensou como seria bom se isso fosse possível?
Fiz uma breve retrospectiva e estou certa de que você se encaixará em pelo menos uma das minhas gostosas lembranças. Quer apostar? :-D
- A pedagoga aposentada, doce e simpática que um dia dividiu o banco de um ônibus comigo por 6 horas e me falou da grandeza de ser mãe e da importância de se ter uma bolsa pequena e de alças compridas para que dificulte a ação dos ladrões;
- O menino da sexta série dono do sorriso mais lindo e verdadeiro que eu já recebi em toda a minha vida;
- O velhinho que todos os dias, pela manhã, me cumprimentava da janela com um singelo: - bom dia Nane;
- O garoto do Ensino Médio que me desafiou e, no último dia de aula, me presenteou com uma bíblia;
- A amiga que permitiu que eu “acampasse” em sua casa em um dos momentos mais difíceis que passei enquanto morei fora; que trocou pares de meias paraguaias porque eu gostava de amarelo e que, por minha sorte, prefere os garotos “compactos” rs;
- As donas das pantufas do Piu Piu e do Tom (do Jerry) que fugiam do Pluto nas divertidas noites na casa amarela, em Reserva; uma delas, inclusive, tenho certeza que quando iniciar a leitura deste texto vai pensar:- Mas a Jô sofre!!!! ;-)
- Os meus alunos do Ensino Fundamental, Médio e Técnico que, muitas vezes, me tiraram/tiram do sério, mas provam a cada novo dia o quanto é gratificante ser educadora.
- Os amores que me magoaram, ensinaram e que, em muitos momentos, fizeram eu me sentir a pessoa mais feliz do mundo e também, as paixões platônicas, momentâneas e as que pra mim serão eternas;
- Os amigos reais e os virtuais que me aceitam e me respeitam apesar das minhas limitações, imperfeições e fraquezas; os amigos doces, os bronqueiros, os conselheiros, os “de festa”, dos longos papos filosóficos, os amigos "coloridos", os amigos de trabalho...
- Os irmãos de coração que, assim como eu, fizeram ou fazem parte de uma família que acredita na importância de conhecer melhor a Jesus e vivenciá-lo na comunidade.
- E, finalmente, a MINHA família, MEU ORGULHO! Alicerce? Porto seguro? Não importa o chavão. As pessoas mais importantes da minha vida! Que eu amo e que me amam incondicionalmente.
Depois de toda essa retrospectiva, só me resta agradecer a Deus... Por Ele nunca desistir de mim e por sempre me carregar na palma de sua mão. Por me presentear com o dom da vida e permitir que vocês façam parte dela, percorrendo junto comigo o meu caminho ou parte dele.
Obrigada por tudo! Amo vocês!
"...Eu sei que o tempo vai passar, as pessoas vão e vem, mas sei que algumas vão ficar pelo mal ou pelo bem, não morrerá quem soube amar e que seja sempre assim e que eu deixe só o bem que existe em mim." Pe. Fábio de Melo
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